
"
Estava eu andando pela rua esses dias e pensei na relação entre fone de ouvido e a chuva.
E a partir dai fui levado a pensar em outra, qual o papel do receio nessa relação.
Qdo estamos andando pela rua com fone de ouvido e de repente começa a chover gradativamente,
demoramos pra perceber a chuva chegando.
E qdo vemos que ela chegou ela está forte já,
ou algumas vezes ela começou, ficou forte e enfraqueceu e só ai percebemos.
E pq isso?
Pq estamos com o foco na audição e gde parte do nosso "medo" e da correria qdo chove é o barulho que ela gera, pode ser apenas uma garoa, mas qdo gera um som algo nos assustamos
e corremos pra um lugar seguro e protegido.
Caso contrário só vemos os pingos no chão e pensamos "está começando a chover",
mas continuamos nossa caminhada.
Com isso vemos como somos facilmente impressionáveis com pqnos sinais,
Com isso vemos como temos receio de viver algumas coisas na vida,
Com isso vemos como complicamos a vida mais do que ela já é complicada,
Ao mesmo tempo pode-se ver que muitas vezes nos arriscamos demais justamente por estar com o fone de ouvido no último volume e não termos visto esses sinais.
Muitas vezes determinadas coisas em nossa vida estão desandando ou estanos agindo de tal forma em relação a algo/alguém e demoramos muito a perceber e qdo percebemos somos pegos de surpresa.
Como tudo na vida, a surpresa tem seu lado bom e ruim.
Ser pego de surpresa pode ter duas saidas:
o medo do novo, com isso a desistência,
ou então, o ímpeto de arriscar na vida.
O importante é saber qdo desistir.
Pesar o que vc pode ganhar ou perder com isso,
Pesar a importância que cada ponto que pode ser perdido ou ganhado tem pra vc,
Pesar a certeza da duração do que pode ser ganhado e perdido.
Até que ponto não vivemos determinadas coisas da vida por ouvir o barulho da chuva e ter medo de de arriscar?
Ou até que ponto deixamos algumas coisas acontecerem por não ouvirmos esse barulho?
Algumas pessoas andam o tempo todo com o fone de ouvido praticamente no último volume,
isso tem consequencias positivas e negativas,
dependendo das infinitas variáveis de cada caso.
"